18 de maio de 2010

Algumas considerações sobre o ensino superior no Brasil

"Sempre que alguém sugere que devemos democratizar alguma coisa, a liberdade de expressão entra em recesso ou desaparece". Mário Vargas Llosa

Como vocês sabem, ao longo do dia troco e-mails com os meus amigos sobre os mais diversos assuntos. Na maioria das vezes eu os apago tão logo termino de ler, mas dessa vez resolvi abrir uma exceção devido à natureza da mensagem. O texto, enviado pelo meu dileto amigo Rodrigo Braga, fala sobre o ensino superior no Brasil e propõe a democratização das instituições universitárias brasileiras como forma de diminuir a exclusão social.

Antes de qualquer coisa, gostaria de dizer que não consigo ver a universidade como um instrumento de dominação e vou lhes dizer o porquê. Há alguns anos a função básica da educação, transmitir informações, vem sendo relegada em nome da mítica missão de "formar cidadãos". Na prática, "formar cidadãos" é apenas um silogismo encontrado pelo Ministério da Educação para mascarar a doutrinação ideológica que os alunos sofrem nas instituições públicas. Essa doutrinação não tem absolutamente nada a ver com o preciosismo de uma classe mais abastada que quer ter a exclusividade dos diplomas superiores em nosso país, mas sim com a ideologia dos educadores.

Uma pesquisa recente demonstrou cabalmente que, enquanto a educação brasileira consegue as piores colocações nos rankings internacionais, os professores consideram que o seu principal trabalho é incutir uma determinada ideologia nos alunos. Os números da pesquisa são extremamente contundentes: 78% consideram que a principal missão da escola é "formar cidadãos", enquanto apenas 8% assinalam que é "ensinar as matérias". 80% consideram que seu discurso é politicamente engajado e apenas 20% o consideraram politicamente neutro. Engajamento político significa, nesse caso, admirar, em primeiro lugar, Paulo Freire (29% dos professores), seguido por Karl Marx (10%). Segundo a pesquisa, 86% dos professores têm conceito positivo sobre Che Guevara e nenhum declara ter conceito negativo. Lênin foi positivamente avaliado por 65%, enquanto sua avaliação negativa foi de apenas 9%.

De fato, desde que Paulo Freire escreveu a sua "Pedagogia dos Oprimidos", a educação foi deixada em segundo plano para dar lugar à doutrinação propriamente dita. A pedagogia dos docentes do século XXI, não trata de nenhum dos assuntos que ocuparam a cabeça dos educadores durante o último século: provas, padrões de ensino, currículo escolar, o papel dos pais na educação, como organizar as escolas, que matérias devem ser estudadas em cada série, qual a melhor maneira de treinar professores, o modo mais efetivo de educar crianças desfavorecidas em todos os níveis... Os novos pedagogos tratam apenas daquele discurso, pra lá de enfadonho, sobre opressores e oprimidos. A "Pedagogia dos Oprimidos" de Paulo Freire é uma espécie de libelo desse pensamento; um tratado político utópico que clama pelo fim da hegemonia do capitalismo e a criação de uma sociedade sem classes.

Para se ter uma idéia das prioridades do livro, basta dar uma olhada em suas notas de rodapé. Freire não está interessado nos tradicionais pensadores e educadores do Ocidente, como Rousseau, Piaget, John Dewey, Horace Mann, ou Maria Montessori. Ele cita um leque bem diferente de figuras: Marx, Lenin, Che Guevara, e Fidel Castro, assim como os intelectuais orgânicos radicais Frantz Fanon, Régis Debray, Herbert Marcuse, Jean-Paul Sartre, Louis Althusser, e George Lukács. E não há porque ser diferente, uma vez que sua idéia central é que a principal contradição em toda sociedade é entre "opressores" e "oprimidos" e que a revolução resolverá esse conflito. Os "oprimidos" estão destinados a desenvolver uma "pedagogia" que os leve à sua liberdade. Aqui, numa passagem chave, está como Freire vê seu projeto de emancipação:
"A pedagogia do oprimido [é] uma pedagogia que deve ser feita com, e não para, o oprimido (tanto indivíduos ou grupos) numa incessante batalha para recuperar sua humanidade. Essa pedagogia faz da opressão e suas causas objetos de reflexão pelo oprimido, e dessa reflexão virá o engajamento necessário na luta pela sua liberdade. E na luta essa pedagogia se fará constante".
Como essa passagem deixa claro, Freire nunca teve a mais leve intenção de que a pedagogia fosse algo relacionado ao dia-a-dia na sala de aula, como análise e pesquisa ou qualquer coisa que se leve a uma melhor produção acadêmica dos alunos. Ele almeja algo maior. Sua idiossincrática teoria sobre escolas remete apenas a uma autoconsciência dos trabalhadores e camponeses explorados que estariam "percebendo a opressão no mundo". Uma vez que eles cheguem à noção de que estão sendo explorados, mirabile dictu, "essa pedagogia não mais pertence aos oprimidos e passa a ser uma pedagogia de todos no processo de liberação permanente". É, portanto, uma bandeira eminentemente política que vem sendo levantada por praticamente todos os educadores brasileiros há uns bons 20 anos.

Em um país como o nosso, concluir que são as elites quem detêm a hegemonia do ensino público no Brasil é no mínimo forçoso. São os intelectuais orgânicos de inspiração marxista que abundam nos corredores das nossas universidades que ditam os rumos da educação no Brasil e qualquer consulta em uma biblioteca pública pode confirmar o que digo. Para cada exemplar de "A Riqueza das Nações", de Adam Smith, existem pelo menos três do "O Capital", de Karl Marx. Para cada exemplar de "Dinossauro", de Meira Penna, existem outros três de "O Estado", de Kropotkim e assim sucessivamente. Não é a toa que trato esse tema com um certo menoscabo!

Quando burocratas são transfigurados em professores não existe janela de saída, nenhum turn over. O processo de ensino fica comprometido, pois passa a almejar a formação de militantes políticos ao invés de líderes e empreendedores. Repare que a cada geração se multiplica o espírito de funcionário público, de servidor. Não poderia ser diferente, uma vez que os métodos de ensino e a perspectiva adotada pelo grosso dos burocratas que estão na condição de professores, visam a perpetuação da formação de novos burocratas, numa espiral sem fim.

É importante salientar que foi o ímpeto dos nossos educadores em "formar cidadãos", que deixou o país às voltas com o deságüe anual de dezenas de milhares de novos profissionais pelos cursos superiores mantidos pelas universidades públicas (e agora por instituições privadas subvencionadas por dinheiro público) em número divorciado e muito superior à emergência de empreendimentos econômicos. Esses desempregados, logrados por falsas expectativas criadas pelo estado, provocaram a demanda política por alocações compulsórias no mercado de trabalho, e é por isto que pagamos mais caro por cada produto que adquirimos ou serviço que contratamos.

Quer uma evidência da dissociação entre o ensino formal e a função que este exerce para a sociedade? Olhe em torno das faculdades e me diga o que você vê: por acaso enxerga livrarias, sebos, ou empresas de tecnologia de ponta? Não, é claro! O que você enxerga são barzinhos, não é? Dezenas deles! E algumas máquinas reprográficas também! Este é um sintoma muito decisivo para demonstrar que as pessoas não estão com a cabeça nos estudos; não almejam os estudos como uma meta; estão ali é à espera do canudo, cumprindo as formalidades que lhes foram impostas por meio da burocracia do governo. De certa forma, elas agem de uma forma racional: fingem estudar para um sistema que finge lhes ensinar.

A pedagogia freiriana compartilhada pela imensa maioria dos educadores brasileiros, caminha na contramão da história, pois ignora que o ser humano é, no famoso dizer de Kant, um fim em si mesmo. Tudo bem! A educação não é um processo neutro, mas isso não significa que ela sempre carregue consigo algum propósito político. Formar é, sem dúvida, muito mais do que apenas transmitir conhecimento e amplificar as habilidades do aluno. Formar é conscientizar, tanto alunos quanto educadores, sobre a necessidade de refletir de forma crítica. No entanto, não podemos deixar que esse processo descambe para o proselitismo ideológico da forma como vem acontecendo.

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5 comentários:

  1. Amigo Thiago, devo aqui mais uma vez discordar de sua opinião. E se discordo é porque entendi seu argumento, ouvi sua proposta e isso já é importante.
    Longe de qualquer querela pessoal (que isso valha pelo fato de eu ser universitério), não vejo seu argumento como algo embasado, vejo sim que leu a "Pedagogia dos Oprimidos", no entanto, "metonimizar" Paulo Freire a esta obra é no mínimo pretensioso, e de uma pretensão, muitas vezes vista na academia, que visa derrubar um autor.
    Paulo Freire, o apreendido pela Educação Brasileira, e vale a pena ressaltar que não foi com unanimidade, há muita resistência à sua pedagogia, é o autor de "Pedagogia da Autonomia", não que a produção da dos oprimidos o tenha feito menor ou distante de seus preceitos, impossível, foi o mesmo que fez. No entanto, é a partir desta obra que Freire ganha uma certa notoriedade na Educação, que tem inclusive mais repercussão em outros países, com grande relevância e louvor nos EUA (que tenho a ligeira certeza ser o ápice capitalista do mundo). A Educação proposta por Freire busca romper com a relação hierárquica do educador para/com o aluno, tenta desvincular a nação do educando, ou seja, embora admita que qualquer discurso provém de uma razão ideológica, a "formação de cidadãos" não deve ser vista por um prisma tutorial do Estado. Daí a importância da conscientização, vale lembrar que o auge de sua pedagogia se dá nos anos 60 e 70 (Ditadura Militar no auge), o que de certa forma até o faz datado, talvez essa seja uma boa crítica. Agora, jogar a responsabilidade de um "ensino patrulhado ideologicamente" à sua pedagogia é errado, equivocado pois sua obra vai muito além disso. O grande problema de certos leitores (e nesse caso não o incluo, pois o conheço bem o suficiente) é ter uma leitura viciada em que se algo relacionado à sociedade igualitária e classes, pronto, já é o suficiente para queimar o pobre autor no mármore epistemológico do anti-marxismo (e que pese a opinião de quem não compartilha das idéias marxianas). Contudo, vale lembrar que Marx é preponderante no ensino, sua teoria está enraizada no coletivo, desde Caio Prado Jr, com seu ensaio marxista sobre a origem e evolução brasileira, até mais contemporâneos que tudo explicam pelo viés classista, tanto é que se perceber, você mesmo lança mão de conceitos do velho alemão (ressalto que discordo do uso de "organicidade" de Gramsci em um contexto equivocado).
    Portanto, se a educação não é a horizontalização da relação educador/educando, se não é a aproximação da realidade com a aprendizagem, se não é o campo sentimental trabalhando em conjunto com o científico, se não é extender ao aluno a discussão de sua política e realidade, possibilitando sua auto-determinação (ops, fui marxista), mas enfim...enxergando a Educação como troca de saberes, fora da Ordem, aliada ao aluno, sempre com sua alteridade. O que viveremos então? Onde estará nossa formação humana? Se erro aqui, ou pareço desreipeitoso ao sistema, que me sobre a palmatória.

    F.M.

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  2. Flávio,

    A Pedagogia dos Oprimidos teve um papel fundamental na vida de Paulo Freire. Foi graças a este livro que o autor alcançou um status elevado em programas de formação de docentes na América, como o New York Teaching Fellows (que fornece um caminho alternativo à certificação Estadual para aproximadamente 1.700 professores novos por ano).

    Na década de 70, a Pedagogia dos Oprimidos foi traduzida para o inglês e Paulo Freire se tornou hors concours entre os professores americanos. Para você ter uma idéia da popularidade do autor nos EUA, logo após a tradução da Pedagogia dos Oprimidos para o inglês, Freire foi convidado para dar uma palestra na Harvard Graduate School of Education, e no decorrer da década seguinte encontrou audiências entusiasmadas em universidades Americanas. Em 2003, um estudo realizado pela U.S. News and World Report, concluiu que Pedagogia do Oprimido era um dos livros mais usados nos cursos de filosofia da educação ministrados nos EUA.

    A Pedagogia da Autonomia só teve uma repercussão maior, porque mostrava um Paulo Freire mais maduro e muito menos controverso. Além disso, as propostas de práticas pedagógicas alencadas naquele livro, contribuíram para a melhoria do sistema de ensino. Mas, à exemplo do que aconteceu em Pedagogia dos Oprimidos, em sua obra mais recente Freire também imputou ao capitalismo a rigidez ética (seja lá o que isso quer dizer) que deixava à margem do processo de socialização os menos favorecidos.

    Apesar disso, não sou tão intolerante a ponto de afirmar que a obra do pernambucano não tem nada de bom. A idéia de estimular os educandos a fazerem uma reflexão crítica da realidade em que estão inseridos, por exemplo, é sublime. Todavia, nós dois sabemos que não é bem isso que acontece nas escolas públicas Brasil afora. Também pudera! Ao mesmo tempo em que Freire estimula os docentes à "mostrarem os dois lados", ele se apóia na premissa marxista de que "a luta de classes necessariamente leva a uma ditadura do proletariado [e] essa ditadura significa a transição para a abolição de todas as classes e a uma sociedade sem classes".

    Como podemos ver, o problema não é a leitura viciada de algumas pessoas, mas a própria pedagogia freiriana. Uma pedagogia que versa sobre opressão, luta de classes, a derrocada do capitalismo e a necessidade de uma revolução, só pode ser vista como um exemplo de proselitismo ideológico. Nas décadas de 60 e 70, durante a Ditadura Militar, essa idéias até que faziam um certo sentido... Mas hoje? O ensino público não é mais usado pelo estado como uma ferramenta de dominação (ao menos, não como era antes) e a insistência de certos professores em permanecer aferrados a pedagogia freiriana acaba criando um hiato que mais atrapalha do que ajuda os alunos.

    Veja bem, se um professor, não importa qual seja a sua disciplina, arroga para si o papel de conscientizador dos seus alunos, o que temos é a prática doutrinária pura e simples! Repare na forma como o antiamericanismo é inculcado nas cabeças dos alunos do ensino médio e superior. Você realmente acha que isso é saudável?

    Ps.: Não há querela nenhuma! Eu agradeço todos os comentários, concordem ou não comigo.

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  3. Para não me alongar e deixar essa discussão para uma ocasião melhor, resumo:
    O marxismo está tão distante de Marx, assim como a pedagogia freiriana se dista do que foi escrito.

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  4. Grande Thiago, de certa forma fico honrado de ter escrito essa postagem a partir do texto que escrevi, pelo conteúdo do seu texto acredito que haja mais semelhanças em seus pensamentos com o dito texto e principalmente com a obra do Freire (recomendo ler os dois com um pouco mais de atenção) do que pensa. O texto, de forma resumida, fala de uma mesquinhez que impera no meio acadêmico onde infecta até a maioria dos jovens universitários. É inegável que a academia e todo ambiente acadêmico faz bem, porém toda estrutura (e é preciso estar lá ou ter estado para perceber isso de forma empírica, pois teoricamente não adianta)favorece que pessoas como você ou mesmo eu não chegue muito além das salas de aula de qualquer colégio municipal. Acho que a trinca de livros "Casa-Grande & Senzala" de outro Freyre; "Raízes do Brasil" do Sérgio Buarque de Hollanda e "O Povo Brasileiro" do Darcy Ribeiro se fazem necessárias para entender o que estamos discutindo. Talvez a Universidade realmente não seja um instrumento de dominação como você escreveu, mas serve para separar o joio do trigo e nesse caso o joio somos nós e o trigo é o aluno do Santo Agostinhos, Santo Inácio, São Bento, São Zacharias e outros Santos da nossa Santa Educação. Basta perguntar ao querido Rafael Paysan quantas vezes ele foi discriminado por colegas da unidade Maracanã da UERJ pelo fato de estudar na unidade São Gonçalo. Lembro-me do amigo Sergio Dutra que certa vez me disse: "Está enganado quem pensa que os artistas são a classe mais vaidosa, pois esses se contentam com aplausos, os intelectuais nem com aplausos se contentam!"

    "A pedagogia do oprimido [é] uma pedagogia que deve ser feita com, e não para, o oprimido (tanto indivíduos ou grupos)..."

    Acho que esse fragmento já faz com que não caiba sua crítica ao Paulo Freire. As políticas educacionais utilizadas nos dias de hoje são na maioria feitas para o oprimido o que não foi o que Paulo Freire sugeriu. Este queria que a educação complementasse a capacidade e a curiosidade do indivíduo (já que um estimula a outra), de modo que fortalecesse intelectualmente nossa nação. É extremamente cruel rotular um autor por um livro, principalmente se ele escreveu depois outros sobre o mesmo tema. Pedagogia do Oprimido foi um marco porque alçou as idéias de Freire ao mundo (diga-se de passagem, é um autor admirado nos EUA e Europa), mas é quase um ensaio de outros escritos depois. Talvez não um ensaio, mas existisse a necessidade de uma complementação por isso escreveu mais livros. Recomendo a Pedagogia da Autonomia. O oprimido do Paulo Freire não é o "pobre coitadinho" é alguém que por mais que queira não conseguirá desenvolver sua formação de forma adequada por motivos que os três livros supracitados esmiúçam.

    Outra coisa..."Formar cidadãos". Peço que reflita: O que é cidadão? O que se tornou um cidadão? Paulo Freire não usa cidadão em sua obra, fala em "Formar o sujeito" que para o desavisado pode parecer a mesma coisa, mas definitivamente não é.

    Admiro sua capacidade de refletir sobre os assuntos que no meu modo de ver lhe faz um pensador orgânico, porém em suas críticas a alguns autores existem lacunas perceptíveis que certamente se a educação de que Paulo Freire sugeriu tivesse passado na sua vida, não teria.

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  5. Achei prudente complementar e corrigir alguns pontos no comentário acima. Muito até pela emoção provocada por discordar de forma incisiva de muito do que foi escrito. Acho que ao escrever devemos ter alguma responsabilidade, pois não estamos escrevendo uma redação em casa. Estamos publicando algo em um blog que de certa forma é público. O termo "intelectual orgânico" foi força de expressão e outros autores já usam esse conceito de organicidade relacionando a formação intelectual com uma formação conquistada fora da escola ou universidade (Nei Lopes no livro "Bantos, malês e indentidade negra"). Porém considerar qualquer um de nós intelectual (orgânico ou não) ou erudito é um absurdo, mas força da emoção nas palavras nos fazem cometer essas gafes. Pareceu um pouco grosseiro a parte que comento sobre a academia e gostaria de juustificar. Não me refiria a ser universitáio para poder criticar, mas que é fundamental ser um leitor de obras da academia ou fosse assíduo frequentador de dissertações de mestrado ou doutorado. Quiz dizer que não se pode meter o pau na academia sem ao menos conhecê-la profundamente com as virtudes e defeitos que a compõem. Porém virou moda meter o pau em que não se conhece ou criticar autores cuja obra não foi esmiuçada. Não gosto disso, nesses casos as críticas devem ser mais cuidadosas. Mas nem por isso posso a partir desse texto responder a milhares de pessoas dessa geração que utilizam-se dessa prática, o meu principal erro no comentário acima. Você foi elegante e democrático ao aceitar o comentário. Considero você um observador das coisas cuja perspicácia é avassaladora. É um escritor corajoso que reflete uma personalidade corajosa. Justamente por isso peço desculpas se pareci grosseiro ou arrogante ou dono da razão. Quem me conhece sabe que tais atitudes eu abomino.

    Peço desculpas e que publique isso.

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